O mês de setembro de 2022 ficará marcado na nossa história. Como o maior hub de mobilidade urbana do país, agora somos apoiadores oficiais da ONU (Organização das Nações Unidas) na ‘Segunda Década de Ação para a Segurança Rodoviária 2021-2030’.
A meta do plano é prevenir globalmente pelo menos 50% das mortes e lesões até 2030. Considerada ousada, ela foi definida na 3ª Conferência Global da ONU sobre Segurança no Trânsito, realizada em fevereiro deste ano na cidade de Estocolmo, capital da Suécia.
Entre as principais recomendações do encontro está o controle da velocidade no trânsito. Além disso, outros quatro fatores de risco precisam ser coibidos: dirigir sob o efeito de álcool, não uso do capacete, do cinto de segurança e das cadeirinhas para crianças.
Com avanços, mas ainda com muito a ser feito, o Brasil não alcançou a meta da ONU para a década passada. Algumas iniciativas, porém, foram comemoradas pela entidade, como a Lei Seca e o aumento considerável nos valores das multas aplicadas aos infratores.
Mas, a associação de álcool e direção e o excesso de velocidade são, ainda hoje, grandes causas de acidentes e precisam ser combatidas no trânsito brasileiro. Essas ocorrências aumentaram de 3 milhões em 2017 para 4,8 milhões em 2018. E permanecem em alta até hoje.
Vale lembrar que o trânsito do nosso país é um dos que mais mata no mundo, atrás apenas da Índia e China. Esse dado consta do relatório 'Global Status Report on Road Safety', da Organização Mundial de Saúde (OMS).
E nós entramos nessa 'guerra' trazendo informação, uma das principais ferramentas para reverter esse quadro. Segundo José Ramalho, presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, 'quanto mais discutirmos com a sociedade, mais conseguiremos avançar no combate a essa pandemia silenciosa'.