Um acordo assinado em janeiro entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a empresa americana Hyperloop Transportation Technologies pode garantir aos gaúchos o primeiro sistema de transporte por cápsulas de altíssima velocidade - hyperloop - da América Latina. A parceria firmada prevê estudos de viabilidade técnica e socioeconômica da rota entre Porto Alegre e a Serra Gaúcha.
Esse novo conceito de mobilidade urbana para médias e longas distâncias - assunto que já abordamos aqui no blog - deve revolucionar num futuro próximo o modo como deslocamos pessoas e cargas em terra. Viajando a incríveis 1.200 km/h, através de levitação magnética por tubos selados, o sistema é mais rápido que aviões comerciais. Para se ter uma ideia, a distância entre São Paulo e Rio seria percorrida em apenas 20 minutos.
Além da rapidez, o hyperloop é também mais seguro, silencioso e sustentável (alimentado por energia solar). Com isso, o modal deve impactar drasticamente não só a área dos transportes, como também os setores de turismo e negócios.
Conceito de código aberto criado em 2013 por uma equipe conjunta da Tesla e da SpaceX, do bilionário Elon Musk, a tecnologia hyperloop está sendo desenvolvida por várias empresas ao redor do mundo. A HyperloopTT (que possui escritório em São Paulo), a britânica Virgin Group e a canadense TransPod Inc. estão na corrida para colocar o primeiro sistema em operação.
Embora sem data definida, não deve demorar. Já foram realizados os primeiros testes com passageiros, em dezembro de 2020, numa pista de estudos da Virgin, em Nevada (EUA). Foi um sucesso. Além disso, alguns projetos estão com status acelerado, como o que prevê a ligação entre Dubai e Abu Dabhi, nos Emirados Árabes Unidos. A distância de 140 km entre as duas cidades será vencida em apenas 12 minutos. Hoje, é feita de carro em 1h25.
Nós da Estapar, que adoramos inovações tecnológicas, não vemos a hora do hyperloop chegar no Brasil.